“A educação é um instrumento estratégico indispensável para o desenvolvimento humano sustentável. Trata-se de uma ferramenta. Mas também é o direito de cada pessoa – o direito de se tornar um cidadão ativo e criativo. Por último, a aprendizagem é uma alegria: nela cada pessoa pode descobrir uma sensação de liberdade, autorrealização e independência. Uma vez experimentada, a alegria de aprender nunca pode ser esquecida, ela repete-se e retorna ao longo da vida, e é inesgotável”.
A Associação O Direito de Aprender (direitodeaprender.com.pt) celebrou o 10º aniversário na Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma, com debates, animações e um jantar entre 29 de outubro e 2 de Novembro de 2013.
Programa
29 de outubro | A Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) em espaços urbanos
30 de outubro | A ALV em espaços rurais
31 de outubro | A ALV em espaços condicionados (prisões)
01 de novembro | A ALV em espaços culturais
02 de novembro | A Festa de Aprender + Jantar
29 de outubro de 2013 | 18h30
A Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) em espaços urbanos
À medida que as cidades se expandem em tamanho e densidade populacional, as autoridades locais enfrentam desafios associados à inclusão social, novas tecnologias, economia do conhecimento, diversidade cultural e sustentabilidade ambiental. Em resposta, um número crescente de cidades estão a desenvolver estratégias inovadoras que permitam que os seus cidadãos – jovens e idosos – aprendam novas capacidades e competências ao longo da vida, transformando, assim, as suas cidades em “cidades de aprendizagem”.
Na mesa do debate:
Irene Santos – coordenadora do projeto O Banco do Tempo em Cascais
Judite Álvares – do Gabinete Lisboa, Cidade Educadora
Rúben Teodoro – arquiteto do Projeto Warehouse – que desenvolveu um projeto no bairro da Graça, em Lisboa.
Leia um resumo da sessão no website Direito de Aprender.
30 outubro de 2013 | 18:30
A Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) em espaços rurais
As zonas rurais genuínas que conseguiram sobreviver ao holocausto rural provocado pela agricultura industrial de alta produtividade (e altos custos), enfrentam hoje o risco de extinção com todos os graves efeitos de natureza pessoal, social, económica, cultural e ecológica que daí podem resultar. Ao mesmo tempo, porém, encontram-se numa posição de desafio – até de promessa – como bastiões de resistência contra a tendência corrente de massificação, de normalização e de unidimensionalidade. E também de constituírem laboratórios virtuais de experiências alternativas de natureza social e económica, capazes de associar todas as dimensões humanas e societais de desenvolvimento.
Na mesa do debate:
Alberto Melo – Ativista da Educação de Adultos e do Desenvolvimento Local, foi cofundador da Associação In Loco.
Isabel Rodrigo – Professora do Instituto Superior de Agronomia, participou recentemente no projeto “Dinâmicas e Políticas para o Desenvolvimento Rural” apoiado pelo Programa para a Rede Rural Nacional.
Célia Lavado – Geógrafa e Coordenadora de Projetos Animar/Associação de Associações de Desenvolvimento Local, participou recentemente no projeto “ASAS – Aldeias Sustentáveis e Ativas”
Um resumo da sessão está disponível no website Direito de Aprender.
31 de outubro de 2013 | 18:30
A Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) em espaços condicionados (prisões)

Em Portugal, nos dias de hoje, a privação da liberdade constitui a única medida punitiva a que estão sujeitos os cidadãos portugueses e estrangeiros que pratiquem atos puníveis com pena de prisão, com a importante componente de reinserção social que a lei exige que seja promovida em contexto prisional. A educação, direito inalienável, deve ser um instrumento de emancipação que permita ultrapassar as desigualdades sociais e as relações de poder, fundamental para qualquer projeto de reinserção social. Deste modo, e perante os reduzidos índices de escolaridade da população prisional, compreender-se-á a importância de se garantir a adequação dos modelos de ensino ao contexto prisional.
Na mesa do debate:
António Pedro Dores – Professor Universitário/ Sociólogo com um largo trabalho sobre a situação das prisões portuguesas.
Miguel Horta – Mediador cultural, com experiência de mediação com a leitura em contexto prisional
Conceição Trigueiros – Professora na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa fez a sua tese de doutoramento com o trabalho “Da prisão à cidade punitiva-utopia e realidade”?
Leia um resumo da sessão no website Direito de Aprender.
1 de novembro de 2013 | 18:30
A Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) em espaços culturais
A participação na vida cultural é um direito humano fundamental. Além disso, muitos outros direitos humanos estão fortemente ligados ao acesso à cultura: igualdade e não-discriminação, liberdade de expressão, direito à informação, liberdade de reunião e o direito à educação. Estas não são apenas questões morais, são obrigações legais que devem nortear os Estados em toda a sua política de planeamento, incluindo a definição de políticas culturais. As políticas culturais não devem ser vistas como uma “caridade” ou como decorrentes de voluntarismo, elas são baseadas nos direitos dos cidadãos e nas obrigações jurídicas dos Estados. O acesso à cultura, portanto, também significa equipar as pessoas para a aprendizagem ao longo da vida e, como consequência, poderá ter um impacto no progresso económico.
Na mesa do debate:
Filipa Simões – Grupo Teatro do Oprimido de Lisboa
Diana Pereira – Elemento da equipa do Descobrir – Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência
Teresa Ricou – Presidente e mentora do projeto Chapitô, mulher palhaço de profissão.
Leia o resumo da sessão no website da Direito de Aprender.
Encerramento: 2 de novembro de 2013 | 17:00
A Festa de Aprender + Jantar
A partir das 17h na sala da Nação foi possível experimentar a transformação através de máscaras e saborear a dança de forma orientada. O Fernando Cunha, ator da Comedia dell’Arte desafiou as pessoas a colocar uma máscara e a explorar novas identidades, enquanto a Mercedes Prieto, diretora artística e formadora na “Associação PédeXumbo” convidou as pessoas a movimentarem o corpo através de danças tradicionais. Mais tarde, às 18h30, um encontro/reflexão entre os animadores das sessões e as pessoas que participaram permitiu conversar sobre a experiência vivida e a sua relação com a aprendizagem. O momento foi dinamizado pela Rosanna Barros da Universidade do Algarve.
Leia um resumo no website da Direito de Aprender: Quando uma festa nos deixa de olhos a brilhar. Todas as fotos no álbum do Facebook, incluindo vídeos de performances, como as máscaras dos personagens “Pobre” e “Velho”, o jogo da carrasquinha, os parabéns, danças tradicionais de Espanha, Bélgica e valsas.
Frases para o painel eletrónico (Código de Conduta)
“O homem nasceu para aprender, aprender tanto quanto a vida lhe permita” – Guimarães Rosa
“Aprender sem pensar é tempo perdido”- Confúcio
“A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais”- Aristóteles
“Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota”- Provérbio japonês
“Aprender sem pensar é esforço vão; pensar sem nada aprender é nocivo.”- Confúcio
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”- Leonardo da Vinci
“Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos”- Martin King “A Educação não é a preparação para a Vida. A Educação é a própria vida” – John Dewey
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre” – Paulo Freire
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” – Paulo Freire
“É melhor aprender latim ou melhor aprender matemática? É melhor não ser estúpido” – Agostinho da Silva
“Se fosse possível explicar-te tudo não precisarias de perceber nada” – Agostinho da Silva
“Os analfabetos do século XXI não serão os que não souberem ler e escrever, mas os que não souberem aprender, desaprender e reaprender” – Alvin Toffler